Fibrilação Atrial: sintomas e tratamento

Eletrofisiologia

O coração de um adulto saudável costuma bater entre 60 a 100 vezes por minuto. Os batimentos são contrações musculares provocadas por pequenos choques elétricos, criados naturalmente pelo nosso organismo. Entretanto, algumas doenças mudam o ritmo de contração do músculo cardíaco e provocam as chamadas arritmias cardíacas. A Fibrilação Atrial (FA) é a mais comum delas.

Hoje, o número de pacientes com Fibrilação Atrial passa de 33 milhões em todo mundo. No Brasil, estimativas indicam que até 5 milhões pessoas possuam a doença – mesmo sem saber. Na prática, observamos que uma, a cada três pessoas internadas com arritmia cardíaca, apresenta FA.

Entre os idosos a situação é ainda mais crítica. Em média, 10% das pessoas acima dos 70 anos têm esse problema de saúde.

Características da Fibrilação Atrial

A Fibrilação Atrial é uma doença que evolui com o tempo e costuma tornar-se mais grave a medida que os pacientes envelhecem. Infelizmente, muitas pessoas não procuram o tratamento adequado na fase inicial do problema, e acabam passando da condição Paroxística (quando a arritmia termina sozinha) para os estágios mais avançados – inclusive para a condição Permanente.

“A arritmia modifica as propriedades elétricas e musculares dos átrios, favorecendo a perpetuação da Fibrilação Atrial. Sem tratamento, quanto mais FA você tem, mais você tende a ter.” (Dr. André Luiz Buchele d’Ávila, Eletrofisiologista – CRM 4797 / RQE 3689).

De maneira geral, a Fibrilação Atrial é dividida em quatro tipos, dependendo do tempo em que o paciente está em arritmia:

    1. Fibrilação Atrial Paroxística: Quando a taquicardia e os sintomas de palpitação, falta de ar, dor no peito e tontura desaparecem sozinhos, sem a necessidade de intervenção médica. Os episódios ocorrem dentro de um período de 7 dias. Eles duram de alguns minutos a horas.
    2. Fibrilação Atrial Persistente: Esses são os episódios que duram de 7 dias até 12 meses. Os sintomas não param por conta própria. As crises necessitam de medicamentos e até de cardioversão elétrica para serem interrompidas.
    3. Fibrilação Persistente de Longa Duração: Igual ao tipo anterior, mas com mais de 12 meses de duração. O coração já sofreu tantas alterações elétricas que o próprio músculo cardíaco emite os sinais que desencadeiam a Fibrilação Atrial.
    4. Fibrilação Atrial Permanente: São os casos em que a ablação por cateter já não faz mais sentido por ser ineficaz.

Sintomas da FA

Os distúrbios elétricos que provocam a Fibrilação Atrial fazem o coração bater num ritmo rápido e desorganizado. Por não bater corretamente, o coração não bombeia o sangue como deveria e o fornecimento de oxigênio para todo o corpo fica comprometido. Isso pode ser percebido através de uma série de sintomas. Entre os mais comuns, estão:

  • Palpitação e falta de ar;
  • Fadiga, sensação de cansaço e tontura;
  • Desconforto no peito.

Em geral, quanto mais avançada a idade do paciente, mais comuns e perceptíveis são os sintomas. Há casos, entretanto,  em que a doença não manifesta sinal algum – o que pode ser muito perigoso e reforça a necessidade de acompanhamentos periódicos com o Cardiologista.

“A Fibrilação Atrial, por conta da possibilidade de coagulação sanguínea e formação de trombos, pode ser a raiz de muitos problemas graves e fatais, como Acidentes Vasculares Cerebrais (popularmente conhecidos como derrames – AVCs) e Embolia Pulmonar.” (Dr. André Luiz Buchele d’Ávila – CRM 4797 / RQE 3689).

Tratamento da Fibrilação Atrial

O tratamento da Fibrilação Atrial pode envolver o uso de drogas, realização de procedimentos médicos, cardioversão e implantes. A opção varia de acordo com a gravidade dos sintomas, estágio da doença e condição clínica de cada paciente. Em geral, os três objetivos principais do tratamento são:

  • Evitar a formação de coágulos de sangue;
  • Fazer o coração voltar ao ritmo normal;
  • Controlar os sintomas.

O procedimento de Ablação de Fibrilação Atrial costuma ser mais eficaz do que o tratamento medicamentoso. Ele é realizado através das veias da virilha, sem cortes no peito, através da introdução de cateteres especiais. Eles chegam até o coração e cauterizam, por radiofrequência, as células que estão provocando a arritmia. Mais de 100 mil pacientes realizam Ablação todos os anos no mundo, com muita segurança.

“A Ablação só não é recomendada para aqueles pacientes com comorbidades graves. Problemas pulmonares, insuficiência hepática e renal – especialmente as provocadas por idades avançadas – podem expor os pacientes a riscos.” (Dr. André Luiz Buchele d’Ávila – CRM 4797 / RQE 3689).

Quando isso acontece, o eletrofisiologista (mediante a uma avaliação), pode optar por não realizar a Ablação e recomendar a continuidade do tratamento medicamentoso.

Tratamento de Fibrilação Atrial no SOS Cárdio

O Hospital SOS Cárdio possui um centro de Arritmia e Eletrofisiologia, responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao circuito elétrico do coração.

Coordenado pelo eletrofisiologista Dr. André Luiz Buchele d’Ávila (CRM 4797 / RQE 3689), o serviço de Arritmia do Hospital SOS Cárdio já realizou mais de 850 procedimentos para tratamento de Fibrilação Atrial, desde 2012. No primeiro trimestre de 2019, já foram realizados mais de 50 casos. Esses números são bastante expressivos, se comparados à casuística brasileira. Além disso, demonstram a eficácia do tratamento, que apresenta baixos índices de complicação em centros de grande volume.

Fique atento aos sintomas e faça o acompanhamento com o seu cardiologista. Fatores como histórico familiar, pressão alta e diabetes podem contribuir para a ocorrência de fibrilação atrial. Outros problemas do coração, como doença arterial coronariana, insuficiência e infarto também podem deixá-lo mais suscetível ao problema.

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